Ispa N1 Minuto | Newsletter #32 – Agosto 2023

Entre duas luas cheias e uma chuva de estrelas

Ana Teresa Brito, Professora do Ispa

Este ano, começamos e terminamos agosto com duas super luas cheias – a primeira no dia 1 e a segunda no dia 30! Como explica Ricardo Reis, assim as nomeamos quando coincidem, quase em simultâneo, com o perigeu, o ponto da órbita em que está mais próxima da Terra. Lembra, também, que na noite de 12 para 13 de agosto ocorre o pico da “chuva” de meteoros das Perseidas, uma das maiores “chuvas de estrelas” do ano! Explica, ainda, que a Lua Cheia do final do mês é uma “super lua azul” que só volta a ocorrer em 2037.

Ao ler esta notícia, pensei como a natureza pode ser inspiração para a vivência deste mês que no nosso país é, por excelência, aquele em que crianças, adolescentes, jovens e suas famílias gozam as suas férias, ao ritmo do calendário letivo. Se a lua cheia do dia 1 de agosto ilumina os nossos planos para o fruir partilhadamente, é a vida, na sua permanente instigação, que os traduz em momentos concretos, como uma “chuva de estrelas” (previsível mas simultaneamente) única em cada ano! Estar disponível para receber, com espanto e encanto, esta imprevisibilidade é, talvez, o melhor sinal de que o tempo interior de férias chegou e habita em nós! Assim a “Super Lua Azul”, no final de agosto, nos encontre: retemperados de força, acompanhando a transição para um novo ano letivo/académico com renovada energia, esperança e entusiasmo.    

Miguel Luís é um dos primeiros profissionais a trabalhar na área de Employer Branding em Portugal. Em pequeno sonhava ser biólogo, mas um livro trouxe-o para o Ispa onde tirou Psicologia Social e das Organizações. Gosta de se levantar cedo, ler jornais, tocar guitarra e não descarta um dia voltar ao Ispa.

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Nome completo:
Miguel Alexandre Marques Simões Cardoso Barroso Luís

Idade:
42 anos.

Situação familiar
Casado 2 filhos (Rapazes).

Local de nascimento:
Lisboa.

Foi aí que cresceu?
Sim, mais precisamente em Alvalade

Se pudesse reviver algo da sua infância, o que seria?
Os passeios com os meus avós, as idas às compras com a minha avó materna e os passeios de bicicleta com o meu avô paterno.

Local preferido?
Adoro o meu bairro, as pessoas, o jardim, os passeios com o meu cão.

Tem algum passatempo? E “mania”?
Toco guitarra e baixo. A minha mania é levantar cedo e ler os jornais.

Uma coisa que faz melhor do que ninguém?
Adoraria poder dizer algo que confecionasse muito bem, mas infelizmente não seria verdade. Diria que faço curadoria de conteúdos bastante bem.

O que o fascina?
Sempre me fascinou o poder da junção de disciplinas e muito cedo, ainda como estudante do Ispa apaixonei-me pela junção dos RH com o Marketing, que veio a marcar o meu percurso na área de Employer Branding.

O que os outros gostam em si?
A minha honestidade e a minha abordagem equidistante aos colaboradores e gestores de topo.

E o que gostam menos?
Também a minha honestidade, quando não gosto ou não concordo, digo.

O que queria ser quando era pequeno?
Biólogo porque sempre adorei animais.

Como foi a sua formação e porque escolheu essa área?
Entrei em Informática e Gestão de Empresas, mas rapidamente me apercebi que não era o que pretendia. Na altura estava a ler um livro do Paul Muchinsky “Psicologia industrial e das organizações” que me apaixonou e ingressei no Ispa. Tirei Psicologia Social e das Organizações. Mais tarde, tirei um mestrado em Marketing, exatamente porque me apaixonei pela interceção das disciplinas.

Foi influenciado pelos seus pais ou familiares, nesta escolha?
Diria que fui resiliente porque tinha muitas pessoas a questionar a minha opção de troca de curso.

Como é que iniciou a sua carreira profissional e como é que está a correr?
Iniciei a minha carreira profissional na Multipessoal, a fazer recrutamento e seleção, e felizmente fui tendo oportunidades que me permitiram acumular conhecimento e experiência.

Como chegou ao Ispa?
Como expliquei anteriormente, o que me motivou foi a leitura de um livro, em que o autor fala da Psicologia como a base de todas as outras ciências empresariais, a Gestão, o Marketing e a Economia.

Maior orgulho, em termos profissionais?
Ser dos primeiros profissionais a trabalhar na área de Employer Branding em Portugal é um motivo de enorme orgulho.

Qual o maior obstáculo profissional que enfrentou?
O desconhecimento do que um MaRHketer pode fazer em prol de uma organização. Muitos gestores de topo encaram a área como um “nice to have” até ao momento em que começam a sentir dificuldades na atração de candidatos adequados.

O que mais o motiva, profissionalmente?
Ajudar organizações a criar boas experiências profissionais aos seus colaboradores e candidatos.

Se tivesse sido algo completamente diferente, o que teria sido?
Provavelmente, se tivesse seguido os meus sonhos de infância, biólogo.

Qual a melhor forma de conhecer e dar a conhecer?
Acredito muito no poder do networking e das comunidades. Acho que somos seres sociais e que devemos interagir, de forma transparente o máximo que conseguirmos.

Tem sonhos?
O meu maior sonho passa por conseguir afirmar o Employer Branding em Portugal. Existe uma lacuna enorme na oferta académica na área e o Ispa pode ter um papel importante.

Gostava de voltar a estudar?
Talvez, num curso internacional com uma componente forte de MaRHketing.

Qual foi o último livro que leu?
“Irresistable” de Josh Bershin

Filme preferido?
Dick Tracy pelas memórias de ir assistir ao mesmo com o meu avô materno, no saudoso cinema Tivoli.

Música preferida?
Foi variando ao longo do tempo, mas talvez a Summer Song do Joe Satriani.

O que é ser do Ispa?
Ser do Ispa, para mim, significa ter uma mente aberta para a aprendizagem, para o companheirismo e para o altruísmo.

Que pergunta gostava que lhe fizessem?
“Estaria disponível para apoiar a construção de uma cadeira de Employer Branding no Ispa?”

Perspetivando a educação como espaço para Pertencer, Ser e Tornar-se

Lourdes Mata, Professora do Ispa

Educar é uma das tarefas mais complexas, quer se trate de educação de crianças ou de adultos, em contextos formais ou informais. Para além da sua complexidade, educar envolve uma enorme responsabilidade, pois está-se a influenciar e a ter um enorme impacto na vida, atual e futura, daqueles que pretendemos educar. Por vezes, preocupamo-nos muito com os conteúdos, mas nem sempre com a forma como educamos, sendo que esta tem grande impacto em todo o processo.

O currículo Australiano1 para a educação de infância, apresenta três elementos norteadores do processo educativo, que, no meu ponto de vista, são de extrema importância e deviam ser equacionados em qualquer situação ou contexto educativo. Considera-se que a aprendizagem da criança deve ser sustentada em três aspetos: Pertencer, Ser e Tornar-se (Belonging, Being, Becoming).

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Não se aprende, onde quer que seja, e o que quer que seja, sem sentir que se Pertence. O reconhecimento de onde se pertence (e.g. família, grupo de amigos, escola) é seguramente um elemento central, pois a interdependência e as relações com os outros são a base para todo o desenvolvimento e aprendizagem. Se não estamos bem, não estamos disponíveis para aprender nem para nos envolvermos nas tarefas, situações e/ou desafios. O Pertencer é assim um elemento central para o Ser e para o Tornar-se, pois molda o que somos e aquilo em que nos tornamos. Esta centralidade do Pertencer não se refere somente a crianças em idade pré-escolar, mas a todos nós, independentemente da idade ou condição. Nas famílias os filhos têm de sentir que pertencem e também na escola, as crianças, jovens e adultos têm de pertencer, para estarem bem, terem disponibilidade para partilharem, ouvirem, tentarem, falarem, experimentarem, falharem e aprenderem.

Simultaneamente o Ser foca-se no momento presente, essencial para o conhecimento de si no confronto com as alegrias, as tristezas, as complexidades, os sucessos e os desafios. Muitas vezes focamo-nos no educar para preparar para o futuro e esquecemo-nos da importância de viver, desfrutar e partilhar o presente. Agarramo-nos à ideia de que o jardim-de-infância prepara para a escola, a escola, nos seus vários ciclos, prepara para a universidade, esta prepara para o futuro profissional, tudo isto com múltiplas solicitações de apoio às famílias. Contudo, nestes ciclos, por vezes alucinantes de preparação para a etapa seguinte, esquecemo-nos do presente, de Ser e deixar Ser. Seguramente o presente tem muito valor, que não é o de preparar para uma eventual fase seguinte, mas sim o estar atento, conhecer e viver o agora, como forma de apoiar no desenvolvimento pleno e a aprendizagem de cada um.

Quando existem condições para Pertencer e Ser permitimos e facilitamos o Tornar-se, que reflete as mudanças na identidade, nos conhecimentos, nas competências, nas relações e que, assim, permite atingir os objetivos pessoais que se vão colocando.

Assim, às famílias, neste tempo ainda de férias, aos professores, independentemente do nível de ensino em que lecionam, e a todos os que procuram educar, fica o desafio, para que tentem criar oportunidades para que vocês e os vossos filhos ou alunos sintam Pertencer, tenham espaço e tempo para Ser e se descobrirem, e também tenham oportunidades para Tornar-se, ao crescerem, se envolverem e tomarem as suas decisões, sendo considerados como competentes e com o direito e o dever de participar ativamente.

1https://www.acecqa.gov.au/sites/default/files/2018-02/belonging_being_and_becoming_the_early_years_learning_framework_for_australia.pdf

Como confinar melhor webinar banner Setembro 2023

Workshop: Como Confinar Melhor?

A experiência de pessoas adultas em Portugal durante os confinamentos devido à Pandemia da Covid-19 é o tema deste wokshop administrado por Margarida Jarego. O acesso é gratuito e faz-se através da plataforma Zoom.

Acesso ao workshop aqui.

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Estão abertas as candidaturas para a 2ª edição da Especialização Avançada em Psicoterapia.

Especialização Avançada em Psicoterapia é um programa de formação inovador, distinto na abordagem teórico-prática e metodológica, que estabelece um novo conceito de formação de psicoterapia em psicologia clínica, no contexto nacional e internacional.

O curso tem como principal objetivo formar psicólogos, com elevada expertise na intervenção psicoterapêutica, com capacidades clínicas e científicas, para lidar com os desafios inerentes aos diferentes quadros de mal-estar psicológico; presentes em diferentes faixas etárias, de crianças a adultos, até aos processos de adaptação relacionados com o envelhecimento.

Mais informações:

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A Pós-Graduação em Psicogerontologia proporciona uma compreensão avançada e atualizada dos processos de envelhecimento, numa perspetiva multidisciplinar e integrada. Constitui uma mais-valia para quem já trabalha ou que pretende vir a trabalhar em instituições ou equipamentos sociais, tais como lares, centros de dia residências seniores, centros sociais e paroquiais, serviços de apoio domiciliário, cuidados continuados e centros comunitários de apoio a idosos.

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Esta pós-graduação de especialização tem como objetivo capacitar, desenvolver e aprofundar os conhecimentos dos profissionais nesta área emergente, atualmente integrada no Programa Nacional de Saúde em Portugal.

Visa ainda, proporcionar aos participantes uma compreensão analítica da diversidade de soluções existentes para o desenvolvimento da literacia em saúde em Portugal, dotando-os de um conjunto de conhecimentos, instrumentos e ferramentas para aplicação e adaptação a situações específicas em saúde.

Mais Informações:

Ispa lança prémio na área do empreendedorismo social no valor de 2500€

O Ispa-Instituto Universitário lança, em parceria com a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Prémio “Empreendedorismo Social”, uma iniciativa que visa distinguir projetos nesta área, desenvolvidos por estudantes da instituição e/ou Alumni, por meio de concurso, que tenham concluído o ciclo de estudos na instituição, até três anos antes da data de abertura do concurso.

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Ispa lança novo Mestrado em Psicologia Clínica Psicanalítica

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