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Com Dalila d’ Alte
e
Alexandre Penim, João Fazenda, Tiago Nunes – crianças do extinto Centro Artístico Infantil (CAI) da Fundação Calouste Gulbenkian, hoje artistas premiados.

Comunicação com imagens comentadas, dirigida aos pais, educadores, professores, estudantes de artes e de educação, público em geral, numa perspetiva didática e psicopedagógica.

No âmbito da Educação Artística / Artes Plásticas, realça-se a importância da formação inicial na origem da personalidade humana e promove-se a sensibilização estética nos vários graus de ensino, sublinhando a autenticidade da expressão livre, consequentemente criativa.

Apresenta-se uma descrição pormenorizada da evolução gráfica da criança através do seu ideografismo, proporcionando uma importante informação sobre o seu grau de conhecimento e relação afectiva com o mundo.

Como apoio à Educação no campo da Arte, da Pedagogia e da Cultura, propõe-se o contacto com a arte contemporânea e a descoberta de novas linguagens, através de técnicas desbloqueadoras, que estimulam a criatividade e a autoestima.

Essencialmente ideográfico, o desenho infantil associa características, como a transparência, o rebatimento, a humanização e a perspectiva afectiva, comuns à arte dita primitiva, medieval, naϊf, psicopatológica e contemporânea, mantendo analogias formais, espaciais, cromáticas e simbólicas, que revelam a autenticidade da expressão livre, entre o consciente e o inconsciente, a razão e o instinto, o real e o imaginário, o objectivo e o subjectivo, o conhecido e o desconhecido.

São casos que não cumprem as regras do ideal renascentista, de visão mais racionalista, apoiada na ilusão do espaço, do volume e da matéria. O ideografismo não ilude, nem copia. Exprime o que se sabe e não o que se vê. A Arte inquieta, fascina, inspira sentimentos elevados de Amor, Liberdade e Poesia, não se contentando com o mero exibicionismo de técnicas ou habilidades, de fácil efeito e aplauso.

“Por muito tosca que seja, a expressão livre revela um grau de autenticidade, que supera a mais hábil e inteligente cópia” – Arno Stern

“No início eu desenhava como Rafael; faltava-me toda uma vida para aprender a desenhar como as crianças” – Picasso

“O artista deve ver tudo como se estivesse a ver pela primeira vez. É preciso ser-se capaz de ver pela vida fora como quando em criança víamos o mundo, pois a perda desta capacidade de ver significa simultaneamente a perda de toda a expressão original” – Henri Matisse

“A fama da infantilidade do meu desenho advém do facto de eu aliar a representação à linearidade pura” – Paul Klee

Esta Masterclass acontece no âmbito da exposição de Alexandre Penim, João Fazenda e Tiago Nunes com o mesmo nome, patente na Galeria Mário Casimiro. Mais informações sobre a exposição aqui.

A Masterclass é uma iniciativa do Centro Cultural Aziz Ab’Saber do Ispa – Instituto Universitário.

* Imagem: João Fazenda, Sem título, 1988, marcadores e guache s/ papel