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Ispa atribui Doutoramento “Honoris Causa” a Grada Kilomba

5 de Abril, 2023

O Ispa – Instituto Universitário vai atribuir o título de Doutora Honoris Causa a Grada Kilomba, artista interdisciplinar reconhecida pelo seu trabalho de mérito. A cerimónia de atribuição do título realiza-se no dia 14 de abril, pelas 11h00, no Ispa.

Grada Kilomba é uma artista interdisciplinar e teórica portuguesa cujo trabalho se foca em explorar questões de memória, trauma, género e pós-colonialismo. Formada em Psicologia Clínica e Psicanálise, pelo Ispa-Instituto Universitário, o seu trabalho conta com um extenso currículo de apresentações internacionais e faz parte de várias coleções públicas e privadas em todo o mundo.

“A atribuição do título Honoris Causa é uma forma de homenagem a alguém que merece reconhecimento público por ter realizado algo relevante, no campo científico, social e/ou artístico. Grada Kilomba tem-se destacado em todas estas áreas ao longo do seu percurso profissional, desde o momento em que foi aluna do ISPA”, afirma a Presidente do Conselho Científico do Ispa – Instituto Universitário, Teresa Garcia-Marques.

Reconhecida particularmente pelo espaço híbrido que o seu trabalho cria, onde as fronteiras entre as linguagens académicas e artísticas se confinam, a sua multidisciplinaridade expande-se desde a escrita, à leitura encenada dos seus textos, assim como instalações de vídeo e performance.

“Que histórias são contadas? Como é que são contadas? Onde são contadas? E contadas por quem?” são perguntas frequentes na sua prática artística, de forma a rever as narrativas pós-coloniais e interrogar conceitos de conhecimento, poder e violência.

A cerimónia é aberta a toda a comunidade Ispiana (Alumni, Estudantes, Professores, Investigadores, Bolseiros, Colaboradores, Amigos do Ispa) e público em geral.

Sobre Grada Kilomba

Grada Kilomba é uma artista transdisciplinar internacional, nascida em Lisboa com raízes em Angola e São Tomé e Príncipe. A sua prática artística explora questões sobre memória, trauma, género e pós-colonialismo, interrogando conceitos de conhecimento, poder e violência.

Atualmente, vive em Berlim, onde se doutorou em filosofia na Freie Universität e foi professora no Departamento de Género da Humboldt Universität.

É autora do aclamado livro “Memórias da Plantação” (Orfeu Negro, 2019), uma compilação de episódios de racismo quotidiano escritos sob a forma de pequenas histórias psicanalíticas. O seu livro está traduzido para várias línguas e foi nomeado o livro de literatura não-ficção mais importante no Brasil, em 2019.

A artista apresentou o seu trabalho pela primeira vez em Portugal nas Galerias Municipais, em 2017. Em 2021, apresentou a instalação pública e performance “O Barco | The Boat” (2021), uma escultura de 32 metros de comprimento que desenha a silhueta de um navio, comissionada pela BoCA – Bienal of Contemporary Art, no MAAT, em Lisboa.

A artista é uma das co-curadoras da 35ª Bienal de São Paulo, a inaugurar em 2023.

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