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Manuela Veríssimo, Teresa Garcia-Marques, Margarida Alves Martins e Carla Sousa Santos foram homenageadas pela Ciência Viva. As três professoras e a investigadora do Ispa figuram entre as 101 investigadoras do livro “Mulheres na Ciência”, lançado no Dia Internacional da Mulher.

A Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica – Ciência Viva assinalou o Dia Internacional da Mulher com o lançamento da edição de 2023 do livro “Mulheres na Ciência”. A iniciativa ocorreu no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, e contou com a presença do Primeiro-ministro, António Costa, e da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

A obra reúne 101 retratos de investigadoras de diferentes áreas do conhecimento e as fotografias são assinadas por Alípio Padilha, Ana Brígida, Diana Tinoco e Rodrigo Cabrita.

Entre as mais destacadas investigadoras encontram-se quatro Ispianas. A Professora Manuela Veríssimo partilha, no livro, “a esperança de que a nossa investigação

possa proporcionar os conhecimentos necessários para a promoção de ambientes familiares suficientemente bons e que proporcionem às crianças a estimulação necessária

para o seu bom desenvolvimento.”

Já a Professora Teresa Garcia-Marques, diretora da nova Licenciatura de Ciências Cognitivas e do Comportamento, diz-se fascinada por “saber que a eficiência humana advém de um jogo entre a ativação de algoritmos aprendidos e o exercer de um controlo racional sobre os mesmos.”

Falando em jogos, a Professora Margarida Alves Martins, que investiga sobre estratégias educativas promotoras do sucesso escolar das crianças, diz que é necessário responder a questões como, por exemplo, “Qual o papel das interações com os adultos e com as outras crianças na evolução destas conceções? Qual o seu impacto na aprendizagem da escrita e da leitura?”

E porque é na infância que se começam a implementar os bons hábitos, é necessário começar cedo a alertar para os problemas que nos afetam a todos, como as alterações climáticas e os impactos da poluição. A bióloga marinha e investigadora do Ispa, Carla Sousa Santos, revela no livro que foi depois de ver “cenários desoladores” que resolveu dedicar-se “à promoção da literacia ambiental”, que considera: “modesto contributo para a minimização do risco de extinção das espécies às quais dedico a minha investigação.”

Com este quarto volume de “Mulheres na Ciência”, a Ciência Viva “continua a homenagear as mulheres cientistas portuguesas, que representam mais de 50% do total de investigadores no nosso país. O papel destas mulheres “tem sido fundamental para o progresso que a ciência e a tecnologia nacionais registaram nas últimas décadas”, pode ler-se no comunicado de imprensa.