16 Novembro, 2023
Cavalos-marinhos devolvidos à natureza
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O Ispa – Instituto Universitário realizou um “Encontro de Mentes Criativas, numa reflexão alargada sobre a simbiose entre a arte e a ciência. Durante um dia inteiro, cientistas e artistas partilharam reflexões sobre “As Origens da Criatividade”; sobre a “Arte, Ciência e Sociedade”; e a “Junção de Arte e Ciência”.
O encontro contou com a presença de cientistas nacionais e estrangeiros de diversas áreas e diversas Universidades e Institutos, entre os quais a conceituada artista e Professora da Escola de Artes Visuais de Nova Iorque, Suzanne Anker, um dos nomes mais relevantes da chamada Bioarte.
Anker apresentou algumas das suas obras mais emblemáticas como Immortal Cities, Remote Sensing ou Astroculture (Eternal Return) explicando processos criativos em laboratório, onde se levantam inúmeras questões e se cruzam a emoção artística e a experimentação científica, para uma “proposta de visão do mundo”.
A artista defende que “quando a arte se junta com a ciência encontra-se sempre alguma forma de conhecimento”.
O Professor da Universidade de Viena, Leo Fusani, Presidente do Comité das Sociedades Europeias de Biologia Comportamental e membro da União Internacional de Ornitólogos, falou da beleza e da estética no comportamento animal como elementos da manutenção das espécies, com o exemplo particular dos pássaros-cetim e do seu complexo sistema de cortejo das fêmeas.
À questão: “O que é a criatividade?”, respondeu a Professora Catedrática do Ispa, Teresa Garcia-Marques com a definição de criatividade como “aquilo que muda o tradicional, que muda aquilo a que estamos habituados”.
Pode a IA criar arte?
Uma das grandes questões da atualidade é a de saber se a Inteligência Artificial (IA) pode ser criativa. Podem as máquinas criar Arte?
A esta questão tentaram dar resposta o Professor do Instituto Superior Técnico e presidente do INESC, Arlindo Oliveira, e o bio artista português, de projeção internacional, Leonel Moura.
Para Leonel Moura passamos por um “momento simbiótico” em que para que a máquina crie algo, precisamos de lhe dar informação para criar. Enquanto este processo durar, defende “será muito difícil que uma máquina crie qualquer coisa completamente nova, uma vez que depende do input humano”, mas, acrescenta, “brevemente as máquinas não precisarão do homem para criar, porque elas próprias produzem toneladas de dados todos os dias”.
O Professor Arlindo Oliveira afirma que a resposta a estas questões ainda não existe, mas, em seu entender, “as máquinas podem criar arte”.
“Tendo em conta que criam com base nas estatísticas de tudo o que absorvem e que um artista também cria através de tudo o que absorve na sua experiência de vida, penso que é prematuro dizer que as máquinas não criam arte.”
Arlindo Oliveira, IST, Universidade de Lisboa
Arlindo Oliveira testou a sua convicção com a apresentação de dois poemas, um de Shakespeare e outro da IA, pedindo à audiência que apontasse o que seria atribuído a Shakespeare. Na maioria, os presentes atribuíram ao expoente máximo da literatura inglesa, o poema escrito pela máquina.
O professor acredita que, no futuro, tanto os humanos como as máquinas poderão criar coisas novas.
Duas culturas de mãos dadas
Partindo da teoria das “Duas Culturas” de C.P. Snow, António Gomes da Costa, do Instituto Gulbenkian da Ciência, caracterizou o fosso que separa a cultura científica da cultura dita normal. Através de exemplos, de cooperação entre as duas áreas, o bioquímico e Professor, mostrou porque é que a “sociedade deve trabalhar com ambas”.
Cientistas e artistas defendem uma cooperação estreita entre arte e ciência por diversas razões, mas também porque a arte ajuda a aproximar a ciência de um maior número de pessoas.
O Professor catedrático Rui Oliveira defende que “podemos utilizar a arte para comunicar ciência, porque se trata de uma forma muito eficaz de interessar as pessoas”.
Esse é o caminho da obra de Hugo Canoilas. O artista falou do seu desejo permanente de envolver a comunidade na arte e da forma como as suas obras interagem com o espaço, o ambiente e o público e deixou o desafio de novos encontros entre a arte e a ciência, num “emaranhamento” enriquecedor para os dois campos e benéfico para a sociedade.
Afinal como afirmava Leonel Moura “a arte já não é uma questão de estética, mas de significado”. Para além disso, referia Rui Oliveira, “Os cientistas e os artistas são pessoas que se maravilham com a mente”.
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